A alegria era melancólica, ou talvez fosse
ao contrário, era uma melancolia alegre. Mas... Não importa esse vice-versa,
não importa essa roda viva da vida, esse rodopiar do tempo. Parecia que agora
os ares eram outros e o crepúsculo daquele dia era sinônimo disso. O ciclo
tinha um fecho, as bordas estancaram e por isso mesmo não transbordaram mais.
Até as ataduras do moralismo que pareciam ter sido enterradas, voltaram em
forma de frase. A frase estava cheia dessas sentenças prontas que são ditas em dias
de flagrante. Antes da frase era apenas um ponto. Ponto final e ponto! Ponto
final e pronto! Quem dera ele tivesse lido o ponto. Claro! Um ponto é um texto!
Um ponto é uma mensagem! Um ponto é um sinal! Um ponto é uma cicatriz! Um ponto
é uma marca! Sim, ele não entendeu o ponto, o ponto final... Insistiu em
exclamar sem frase e claro, quão ingênua é a inteligência dos que não sabem
ler, melhor, dos que não sabem escrever, pois o que é uma exclamação sem frase?
É nada! E vejam: mesmo quando colocado depois do ‘é nada’ um ponto de exclamação quer dizer muita coisa. Mas quem
mandou usar um ponto de exclamação sem frase? Quem mandou achar que um ponto de
exclamação tinha a mesma força de um ponto final? Quanta insanidade há naqueles
que não sabem usar e nem entendem a linguagem, mesmo que não sejam frases, mesmo que
sejam somente pontos. É... Contra o ponto final não se acha respostas, nem
reticências adianta.
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