segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A MULTIDÃO NÃO LEU

A MULTIDÃO NÃO LEU (ezildo antunes)


É um absurdo o que eu vejo na TV
Parece guerra e o que mais eu posso ver
A vida enquadrada em bancas de jornais
Eu tenho visto tudo isso e muito mais
Eu tenho visto, mas viajar não sou capaz
Eu tenho e visto, minhas roupas são iguais.

Uma viagem o que um sábio prometeu
Disse que era, o que a multidão não leu
Pra que que serve tudo isso em suas mãos
Se tem à vista, pode ser a prestação
Em sua vista é mais clara a escuridão
Tem terra a vista, junto à terra a escravidão.

Velhas perguntas sem resposta, um por que
Visita em Marte, mas amar-te é um querer
Em um tornado de repente eu me vi
Sem ter bom senso é comum deixar partir
E num consenso há miséria por aqui
Penso e dispenso o que ainda está por vir.





Nenhum comentário:

Postar um comentário