sábado, 27 de junho de 2015

A ORIGEM DO AMOR

A ORIGEM DO AMOR

Conta a lenda que os humanos
Eram seres bem complexos
Tinham num só corpo, unidos
Duas cabeças, dois sexos.

Quatro mãos e quatro pés
E rapidez assombrosa
Essa raça homens-mulheres
Era muito poderosa.

Semelhante a uma bola
Para frente e para trás
Como raios de uma roda,
Girava em saltos mortais.

Era uma raça invejosa,
De ambição desenfreada,
De aparência monstruosa
E de força ilimitada.

O seus sonhos de grandeza
Deste plano ir além:
Conquistar a natureza
E o firmamento também.

Planejava ao céu subir
E os deuses atacar,
Todo o poder assumir
E o planeta dominar.

Mas Júpter descobriu
O golpe desses velhacos
E na metade os partiu
Para torná-los mais fracos.

A partir desse momento
Para sempre os separou
E cada uma das partes
Em um ser se transformou.

Sendo ao meio dividida,
A raça se enfraqueceu.
E o dobro do sacrifício
Aos deuses ofereceu.

E hoje eles vivem soltos
Pelo mundo a procurar
A sua outra metade
Tão difícil de encontrar.

Buscando-se um ao outro
Com desmedida avidez,
Consumindo-se em desejo
De se encontrar outra vez.

Esse anseio, esse desejo
De achar, seja onde for,
E reunir os dois sexos,
É o que chamamos de amor.

(Lecticia Dansa e Salmo Dansa)

terça-feira, 16 de junho de 2015

terça-feira, 2 de junho de 2015

POLÍTICOS, APRENDAM COM ALEXANDRE

Alexandre o grande! Também no financiamento da pesquisa científica.

...Se acreditar em Plínio, Alexandre dera instruções a seus caçadores, couteiros, jardineiros e pescadores para que fornecessem à Aristóteles todo material zoológico e botânico que pudesse desejar; outros autores antigos dizem que, certa vez, ele teve a sua disposição mil homens espalhados pela Grécia e pela Ásia, recolhendo para ele espécimes da fauna e da flora de todos os países. Com essa abundância de material, ele pode criar o primeiro grande jardim zoológico que o mundo até então já vira.
Onde Aristóteles conseguia fundos para financiar tais empreendimentos? [...] Ateneu (sem dúvida que com um certo exagero) relata que Alexandre deu à Aristóteles, para equipamentos e pesquisas físicas e biológicas, a soma de oitocentos talentos (em poder aquisitivo atual, cerca de quatro milhões de dólares). Foi por sugestão de Aristóteles, segundo alguns, que Alexandre enviou uma dispendiosa expedição para explorar as fontes do Nilo e descobrir as causas de seu transbordamento periódico. Trabalhos como o digesto de 158 constituições políticas, preparado para Aristóteles, indicam um considerável corpo de auxiliares e secretários. Em suma, temos aqui o primeiro exemplo, na história europeia, do financiamento em larga escala da ciência pelo erário público.
Que conhecimento não obteríamos se os ESTADOS modernos apoiassem a pesquisa numa escala proporcionalmente generosa!

(Do livo: História da Filosofia de Will Durant - Coleção: Os Pensadores p. 73)