segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

sábado, 5 de dezembro de 2015

MUNDO EM PALAVRAS

MUNDO EM PALAVRAS

Mundo fundo,  mundo sendo...
Mundo mudo, mudo o mundo.
Mundo plaino, aplaino o mundo
Mundo insano, sano o mundo
Meio mundo, mundo inteiro
Mundo seco, cego o mundo
Mundo intenso, tenso tento
Tento o mundo com palavras
Tenta o mundo, mundo atenta
Atentado afeta o mundo
Mundo gira, girassol
Girassóis, comunidades
Mundo nicho, bicho imundo
Mundo fado, mundo fato
Aparato, mundo sujo
Espigas, gente, migalhas
Entre(meios), meio e fim....

(Ezildo / Dez 20015)
      

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O EXERCÍCIO DE FILOSOFAR

Filosofar é esforçar-se ao máximo como na montagem de um quebra-cabeça em que as peças ora são como bolas de ar, ora são pedras gigantescas e irregulares.
No caso das bolas de ar objetiva-se colá-las no fundo de uma piscina cheia de água, no entanto, vão tender sempre à superfície.
No caso das pedras, realiza-se um dispendioso esforço para movê-las de lugar e, depois que se consegue movê-las muitas vezes não encaixam.

domingo, 23 de agosto de 2015

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

terça-feira, 14 de julho de 2015

segunda-feira, 6 de julho de 2015

O MARCENEIRO E POETA

O MARCENEIRO E O POETA

Certo dia um marceneiro e seu amigo, um admirável poeta foram fazer uma caminhada matinal e eis que, caminhando pela estrada resolveram adentrar à floresta, que, muito imponente fazia parte da ornamentação daquela estrada.
Eis que o marceneiro pô-se a falar:
___ Olhe que árvores perfeitas, com elas de minha posse poderia usar toda minha técnica de cortar, lixar, tornear, perfurar, laminar... e faria delas móveis para qualquer gosto.
O poeta depois de alguns instantes de silêncio, respondeu ao estimado amigo:
___ Eu as deixaria aí mesmo para simples contemplação, para ver a força do vento travar batalhas diárias com essas lindas árvores. Voltaria muito mais vezes aqui para escutar o canto dos pássaros que nelas fazem morada. Adentraria quantas vezes eu pudesse para sentir a brisa leve de suas sombras, além de sentir o cheiro que por vezes folhas e flores exalam. Além do mais traria comigo meus netos para ensinar-lhes essas mesmas coisas que acabo de lhe falar, e ainda mais, pedira a eles que plantassem mais árvores para que outras florestas, diferentes dessa, se formassem.

Eis aí a diferença entre a TÉCNICA e CONTEMPLAÇÃO!

(Ezildo Antunes/jul - 2015)


sábado, 27 de junho de 2015

A ORIGEM DO AMOR

A ORIGEM DO AMOR

Conta a lenda que os humanos
Eram seres bem complexos
Tinham num só corpo, unidos
Duas cabeças, dois sexos.

Quatro mãos e quatro pés
E rapidez assombrosa
Essa raça homens-mulheres
Era muito poderosa.

Semelhante a uma bola
Para frente e para trás
Como raios de uma roda,
Girava em saltos mortais.

Era uma raça invejosa,
De ambição desenfreada,
De aparência monstruosa
E de força ilimitada.

O seus sonhos de grandeza
Deste plano ir além:
Conquistar a natureza
E o firmamento também.

Planejava ao céu subir
E os deuses atacar,
Todo o poder assumir
E o planeta dominar.

Mas Júpter descobriu
O golpe desses velhacos
E na metade os partiu
Para torná-los mais fracos.

A partir desse momento
Para sempre os separou
E cada uma das partes
Em um ser se transformou.

Sendo ao meio dividida,
A raça se enfraqueceu.
E o dobro do sacrifício
Aos deuses ofereceu.

E hoje eles vivem soltos
Pelo mundo a procurar
A sua outra metade
Tão difícil de encontrar.

Buscando-se um ao outro
Com desmedida avidez,
Consumindo-se em desejo
De se encontrar outra vez.

Esse anseio, esse desejo
De achar, seja onde for,
E reunir os dois sexos,
É o que chamamos de amor.

(Lecticia Dansa e Salmo Dansa)

terça-feira, 16 de junho de 2015

terça-feira, 2 de junho de 2015

POLÍTICOS, APRENDAM COM ALEXANDRE

Alexandre o grande! Também no financiamento da pesquisa científica.

...Se acreditar em Plínio, Alexandre dera instruções a seus caçadores, couteiros, jardineiros e pescadores para que fornecessem à Aristóteles todo material zoológico e botânico que pudesse desejar; outros autores antigos dizem que, certa vez, ele teve a sua disposição mil homens espalhados pela Grécia e pela Ásia, recolhendo para ele espécimes da fauna e da flora de todos os países. Com essa abundância de material, ele pode criar o primeiro grande jardim zoológico que o mundo até então já vira.
Onde Aristóteles conseguia fundos para financiar tais empreendimentos? [...] Ateneu (sem dúvida que com um certo exagero) relata que Alexandre deu à Aristóteles, para equipamentos e pesquisas físicas e biológicas, a soma de oitocentos talentos (em poder aquisitivo atual, cerca de quatro milhões de dólares). Foi por sugestão de Aristóteles, segundo alguns, que Alexandre enviou uma dispendiosa expedição para explorar as fontes do Nilo e descobrir as causas de seu transbordamento periódico. Trabalhos como o digesto de 158 constituições políticas, preparado para Aristóteles, indicam um considerável corpo de auxiliares e secretários. Em suma, temos aqui o primeiro exemplo, na história europeia, do financiamento em larga escala da ciência pelo erário público.
Que conhecimento não obteríamos se os ESTADOS modernos apoiassem a pesquisa numa escala proporcionalmente generosa!

(Do livo: História da Filosofia de Will Durant - Coleção: Os Pensadores p. 73)

sábado, 9 de maio de 2015

HOMENAGEM ÀS MÃES

UM ANJO

Um anjo que desceu do céu pra cuidar de mim
Anda sempre do meu lado, amor que não tem fim
Com duas asas de ternura pra me proteger
Esse anjo é minha MÃE, agora vou dizer:
Dou minha vida por você!
Todo amor vai merecer!
Mas se algum dia desse amor eu descuidar
Peço pra Deus te amparar.

O aconchego do seu colo sempre vou lembrar
Parece que o mundo some se você faltar
Por isso um abraço é pouco para agradecer
Você é quem meu deu a vida, agora vou dizer:
Dou minha vida por você!
Todo amor vai merecer!
Mas se algum dia desse amor eu descuidar
Peço pra Deus te amparar.

(Ezildo Antunes - Maio/2015)



segunda-feira, 13 de abril de 2015

ORAÇÃO PELA PROTEÇÃO DA SAÚDE DA CRIANÇA

ORAÇÃO PELA PROTEÇÃO DA SAÚDE DA CRIANÇA

Ó Deus pai todo poderoso
Vós conheceis o coração de todos os seres,
Também vós é conhecedor do coração dos pequenos que vivem felizes sua infância
Abençoai todas as crianças, para que nada de mal aconteça aos pequeninos
Que aqueles que estão sãos,
Vós, ó Pai, protegei a saúde destes.
E aqueles, ó Pai, que estão passando por enfermidades, colocai-os na palma de suas mãos poderosas, pois só assim suas dores serão aliviadas.
Ó Pai, em nome de seu Filho Jesus Cristo que sempre teve uma predileção especial para com as crianças, peço-te agora a cura a todas as crianças.
Amém!

terça-feira, 7 de abril de 2015

ESTRANHEZAS

ESTRANHEZAS

Às vezes os ímpares se juntam e os pares se separam
Às vezes o mundo parece esvair-se em migalhas de saudade
Às vezes a angústia se dilata e o horizonte parece ficar cada vez mais distante
Às vezes tudo está em ordem, mas não haveria ordem se não existisse o caos...e... o caos é o caso de um momento finito
Às vezes precipitam ideias como voos em direção à criação, mas nas asas do tempo nada se mantém intacto, tudo se pulveriza.
Às vezes o norte não norteia nossa saga, a blindagem é  notável em cada sonho...
Estranhezas profundas, profundezas estranhas!

(Ezildo A ntunes - 2015)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

ANGÚSTIA EM HEIDEGGER

Para responder a questão colocada, isto é, caracterizar (expor características) do papel que a angústia ocupa na filosofia de Heidegger, faz-se necessário dividir esse ensaio em pelo menos quatro blocos explicativos.

O primeiro deles deve conter uma breve explicação do cerne da filosofia de Heidegger, isto é, o resgate do sentido do ser e a clarificação do conceito de dasein. O segundo, deve responder de que angústia Heidegger está falando em sua obra capital: Ser e Tempo. No terceiro é preciso que se destaque a angústia pinçada dentre outros estados como o medo e o tédio, por exemplo. E no último bloco deve-se explicar com que angústia se angustia.

Comecemos então explicitando os dois pontos nucleares da filosofia de Heidegger, qual seja, o resgate do sentido do ser e a apresentação do conceito de dasein. Heidegger tenta quebrar com a tradição da filosofia e através da apresentação de um método bem formulado, ou seja, através do desenvolvimento do que ele denomina de ontologia fundamental, traz à tona o sentido do ser, isto é, busca um desvelamento desta que através dos tempos a filosofia tentou encrustá-lo.

Assim, Heidegger apresenta-nos o dasein, isto é, o homem que possui a capacidade de questionar sobre o sentido do ser e, em sua obra já citada acima, já na introdução, afirma que nós mesmos somos esse ser. Com isso, ele parte para a exposição de quais características formam esse ser que é o único que pode perguntar pelo sentido do ser. Heidegger prepara então o campo de sua jornada teórica a fim de caracterizar o já postulado desein.

O dasein  é o ser que de certa forma foi lançado "aí" e nesse "aí" é que ele deve realizar-se e realizar. A partir desse estar lançado, Heidegger emenda outras características do dasein, por exemplo, o estado de decadência e o de ser-no-mundo. É neste momento oportuno que Heidegger presenteia-nos com o conceito de angústia.

Colocada essa breve introdução sobre a filosofia heideggeriana e sobre o dasein, adentra-se agora no segundo bloco para explicar de que angústia Heidegger está falando. A medida que que o ser se "mistura" com o os outros entes, ele sempre vai estar no impessoal, ou seja, fica sempre pré-ocupado com que o outro representa e faz no mundo.

Vivendo segundo o impessoal, o ser esquece de seu valor originário e por isso entra em decadência como fuga de si mesmo. Fugindo de si mesmo, ele não consegue ver-se como um ser de possibiliades e é só através da angústia (como abertura constitutiva) de si mesmo que ele se re-encontrará sua originalidade. Deve ser dito também nesse bloco que a angústia que Heidegger postula não é a mesma do simples ser psicológico que se angustia com que lhe está ameaçando diretamente.

Daí surge a possibilidade de adentrar ao terceiro ponto já mencionado antes, ou seja, é preciso retirar a angústia heideggeriana do mesmo patamar que se encontram outros estados de humor, como por exemplo, a ansiedade, o medo e o tédio. A angústia não é uma mera ansiedade que perpassa o ser. O medo por sua vez, não faz o papel da angústia, pois o que se teme, segundo Heidegger, é sempre o ente intramundano e angústia não se angustia com que é manual ou com as coisas do mundo, tudo isso para a angústia é contingência. Assim também ela se diferencia do tédio, pois entediar-se no cotidiano não leva o ser a encarar-se e nem voltar-se para si mesmo. Assim o papel que a angústia assume é bem mais amplo do que os outros estados, pois é diferenciada para que caiba na estrutura da filosofia existencial de Heidegger.

Então como caracterizamos essa angústia? Como já elencado, a angústia se difere dos outros estados de humor por não ter algo concreto para que ela ocorra. A angústia leva o ser a angustiar-se com o próprio mundo como tal, não o mundo concreto, mas o próprio mundo como estado de ser. Isso ocorre pois:
1º) o ser não escolhe ser-aí;
2º) tem que ser;
3º) é ser para o nada
Ao se deparar com essa condição (tripé problemático da existência), o ser se sente como que esquisito, isto é, fora de casa e aí que a angústia aparece.
A angústia não provém do outro que está aí, este é mais um na existência. A angústia nasce da própria totalidade (não como soma das coisas), mas com o todo que se colapsa diante do ser e com seu estado de pura decadência. A angústia não está aí, nem ali, nem lugar algum e se assim for, a angústia nasce do nada, mas não um nada como um vazio em que as coisas se esvaem, mas um nada que preenche o existencial do ser.

Angustiar-se então, não tem nada a ver com o concreto, mas é buscar-se a todo instante dentro de uma facticidade imposta ao ser que deve manter-se original em meio a um emaranhado de coisas do mundo. Nesses sentido, não se pode deixar de dizer que a angústia é uma marca implacável do ser-para-morte. O ser é um ser é um ser de possibilidades e é a angústia que o faz assim. Mas quando ele encontra a possibilidade da não possibilidade, isto é, o morrer, então, o ser procura realizar todas as possibilidades que lhe são alcançáveis.
Finalizando esse, pode-se afirmar que a angústia desempenha um papel determinante na filosofia existencial de Heidegger, e, que sem ela o dasein/ser é apenas mais um na impessoalidade, pois como está escrito na obra Ontologia (hermenêutica da facticidade): "o ser-aí fala de si mesmo, vê-se a si mesmo deste ou daquele modo e, com tudo, isso é apenas uma máscara pela qual ele se encobre, a fim de não espantar-se diante de si mesmo, trata-se de uma prevenção da angústia." (p. 40).

Ezildo Antunes - fev/2015





ARTE

Arte minha, arte tua
De museu, arte de rua
Falam de sete artes
Mas eu penso: é muito mais!
Todo mundo é artista
O ser humano é capaz
De criar o diferente
Expor aquilo que sente
Deixar marcas por aqui
Não sei se dom ou capricho
Mas eu sei que tudo isso
Deixa o mundo bem melhor
Pinte, cante, pense algo
Mas não deixe de fazer
Pois a melhor arte que existe
É a arte de viver.

(Ezildo Antunes - 2007)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O ser-aí

 






Frase de M. Heidegger em sua Obra: ONTOLOGIA (hermenêutica da faticidade)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

As diferenças (a fábula do gato e da aranha)

As diferenças (a fábula do gato e da aranha)

Certa vez um gato estava na mata com intenção de caçar.
Assim ia pulando de galho em galho para tentar pegar algum passarinho.
De repente o gato viu uma cena interessante: Uma aranha estava tecendo a fim de que alguma presa caísse em sua armadilha.
O gato se aproximou e repreendeu a aranha:
__ O que é isso? Fica aí o dia inteiro sem fazer nada, apenas brincando com essas linhas. Você tem que fazer algo a mais para sua via.
A aranha respondeu:
__ Eu não estou brincando, estou trabalhando para me alimentar!
O gato retrucou:
__ Para se alimentar você não pode ficar aí parada, mas tem que "correr atrás" de comida.
A aranha respondeu:
__ Gato, você tem o seu jeito de caçar e eu tenho o meu. Você tem que se esforçar para pegar sua presa e gasta muita energia e às vezes seu jeito felino não serve para muitas coisas. Eu, no entanto, não preciso me esforçar tanto, faço minha teia, minha armadilha e a comida vem fácil.

Moral:
Não precisamos de demasiando esforço para fazermos as coisas, mas é preciso a sensibilidade para atingir aquilo que queremos ter/ser.
E mais!
Respeite o jeito de cada um fazer as coisas!

(Ezildo Antunes)

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

SERÁ

SERÁ (Legião Urbana)

(Interpretação - Ezildo Antunes)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

PESSOAS...SÓ PESSOAS..

Pessoas se cansam,
pessoas correm atrás...
pessoas sonham, pessoas desistem
pessoas se arrependem, pessoas voltam atrás
pessoas planejam, rastejam, cortejam
pessoas dividem, partilham, se juntam
pessoas se retiram, se prostram diante do tempo
pessoas buscam alívio, rezam e choram
pessoas se escondem, revelam-se, distanciam-se
pessoas cronometram seu tempo escasso
pessoas aproveitam o momento e fazem-o eterno
pessoas acreditam, desvelam-se, percorrem
pessoas sentam à beira da estrada e colhem a última flor
pessoas se calam, permitem, se alojam
pessoas viajam, se estressam, mudam-se
pessoas percebem que isso é a vida e de ano em ano renovam seus sonhos...
Só pessoas...