sábado, 27 de junho de 2015

A ORIGEM DO AMOR

A ORIGEM DO AMOR

Conta a lenda que os humanos
Eram seres bem complexos
Tinham num só corpo, unidos
Duas cabeças, dois sexos.

Quatro mãos e quatro pés
E rapidez assombrosa
Essa raça homens-mulheres
Era muito poderosa.

Semelhante a uma bola
Para frente e para trás
Como raios de uma roda,
Girava em saltos mortais.

Era uma raça invejosa,
De ambição desenfreada,
De aparência monstruosa
E de força ilimitada.

O seus sonhos de grandeza
Deste plano ir além:
Conquistar a natureza
E o firmamento também.

Planejava ao céu subir
E os deuses atacar,
Todo o poder assumir
E o planeta dominar.

Mas Júpter descobriu
O golpe desses velhacos
E na metade os partiu
Para torná-los mais fracos.

A partir desse momento
Para sempre os separou
E cada uma das partes
Em um ser se transformou.

Sendo ao meio dividida,
A raça se enfraqueceu.
E o dobro do sacrifício
Aos deuses ofereceu.

E hoje eles vivem soltos
Pelo mundo a procurar
A sua outra metade
Tão difícil de encontrar.

Buscando-se um ao outro
Com desmedida avidez,
Consumindo-se em desejo
De se encontrar outra vez.

Esse anseio, esse desejo
De achar, seja onde for,
E reunir os dois sexos,
É o que chamamos de amor.

(Lecticia Dansa e Salmo Dansa)

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